costureira.

duas mãos de pele clara, uma por cima da outra, apertando uma a outra. a foto foi tirada em cima de um fundo laranja brilhante

Escutar antes de falar, respirar fundo e dormir um sono (talvez não muito) tranquilo

Eu um dia fui bom com metáforas, eu me pergunto quando foi que elas se perderam no caminho

Se foi quando fiquei feliz de novo, ou quando me acostumei com as milhões de informações se bombardeando ao mesmo tempo na minha cabeça
(a voz nunca para nunca para nunca para)

Tá tudo bem — eu sussurro pra mim mesmo — você é o fim de si mesmo, catarse de si mesmo, explosão de estrelas sem fim

pó (só pó)

Nunca vou saber quando foi que o tempo sobrepôs todas essas coisas, e se eu de fato perdi algo ou se apenas se transformou (era lagarta no casulo, durou 24 horas)

cansativo, não vou mentir

acho que essa porção de palavras nem faz sentido, no fim das contas

só um emaranhado de pensamentos desconexos sem início no meio buscando um fim (não tem, nunca tem)

uma linha imensa enorme gigante na costuma do tecido da vida (eu me pergunto se somos apenas as vestes de um ser celestial)

eu me pergunto se algum dia vou de novo fazer algo que rasgue (a alma, esse tecido, as tramas, as dores)

tudo é um grande talvez

eu sigo em busca de um grande talvez

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *